quinta-feira, 24 de março de 2011

Desafios Rigaboteanos # 23- produtos trangênicos

Olá pessoal

Sejam bem vindos a mais uns desafios rigaboteanos


Esta semana irei falar de produtos transgénicos.




Os produtos transgénicos ou OGM (Organismos Geneticamente Modificados) são organismos a cujas células foram adicionadas células de outros seres vivos, para que sejam mais resistentes a pragas de insectos e para que se conservem mais facilmente.

Os primeiros alimentos a serem modificados foram a soja e o milho. Apesar de Portugal ter produzido milho transgénico em 1999, actualmente deixou de produzir, limitando-se a importar produtos transgénicos. A Espanha é o maior produtor de produtos transgénicos da União Europeia.



Com o tempo tem-se debatido sobre as vantagens e desvantagens deste tipo de alimentos e chegaram-se a algumas conclusões.



Em termos de vantagens:



O alimento pode ter a função de prevenir, reduzir ou evitar riscos de doenças, através de plantas geneticamente modificadas para produzir vacinas, ou iogurtes fermentados com microrganismo geneticamente modificados que estimulem o sistema imunológico;

A planta pode resistir ao ataque de insectos, seca ou geada. Isso garante estabilidade dos preços e custos de produção. Um microrganismo geneticamente modificado produz enzimas usadas na fabricação de queijos e pães o que reduz o preço deste ingrediente; Sem falar ainda que aumenta o grau de pureza e a especificidade do ingrediente e permite maior flexibilidade para as indústrias;

Aumento da produtividade agrícola através do desenvolvimento de lavouras mais produtivas e menos onerosas, cuja produção agrida menos o meio ambiente

Já em termos de desvantagens:



O lugar em que o gene é inserido não pode ser controlado completamente, o que pode causar resultados inesperados uma vez que os genes de outras partes do organismo podem ser afectados.

Os genes são transferidos entre espécies que não se relacionam, como genes de animais em vegetais, de bactérias em plantas e até de humanos em animais. A engenharia genética não respeita as fronteiras da natureza – fronteiras que existem para proteger a singularidade de cada espécie e assegurar a integridade genética das futuras gerações.

A uniformidade genética leva a uma maior vulnerabilidade do cultivo porque a invasão de pestes, doenças e ervas daninha sempre é maior em áreas que plantam o mesmo tipo de cultivo. Quanto maior for a variedade (genética) no sistema da agricultura, mais este sistema estará adaptado para enfrentar pestes, doenças e mudanças climáticas que tendem a afectar apenas algumas variedades.

Organismos antes cultivados para serem usados na alimentação estão sendo modificados para produzirem produtos farmacêuticos e químicos. Essas plantas modificadas poderiam fazer uma polinização cruzada com espécies semelhantes e, deste modo, contaminar plantas utilizadas exclusivamente na alimentação.

Os alimentos transgênicos poderiam aumentar as alergias. Muitas pessoas são alérgicas a determinados alimentos em virtude das proteínas que elas produzem. Há evidências de que os cultivos transgênicos podem proporcionar um potencial aumento de alergias em relação a cultivos convencionais.

No site onde encontrei esta informação, achei muito interessante a conclusão que lá estava, e gostava de saber tendo em conta essa conclusão e as vantagens e desvantagens apresentadas, qual é a vossa opinião sobre este tipo de produtos.



(de seguida a referida conclusão)



Visualiza-se que nos próximos anos pode-se ter ganhos expressivos em diversos sectores da sociedade, como por exemplo nas indústrias de alimentos (produtos com maiores qualidades de cor, sabor, textura, rendimento) e farmacêuticas (plantas que ofereçam produtos farmacêuticos ou de maior efeito médico).

Por outro lado é preciso investir em ciência básica para estabelecer protocolos adequados às condições ambientais e a biodiversidade própria do território nacional. Devem ser criados mecanismos públicos de controlo, monitoriamento e avaliação dos riscos ambientais e sociais causados pela biotecnologia e seus produtos.

Muitas vezes o uso da engenharia genética na agricultura é justificado pelo aumento da população mundial. Porém, de acordo com as Nações Unidas, o mundo produz uma vez e meia a quantidade de alimentos necessária para alimentar toda a população do planeta.

Apesar disso, uma em cada sete pessoas passa fome no mundo. O problema da fome está, portanto, intimamente ligado com as desigualdades sociais. Assim sendo, a engenharia genética, pelo menos até o momento, não se mostrou capaz de ser uma alternativa para solucionar o problema. Pelo contrário, a falsa ideia de que a biotecnologia é a solução, permite que governos e indústrias se distanciem do seu compromisso político de lidar com as desigualdades sociais que levam à fome.

O futuro da pesquisa baseada na biotecnologia deverá ser determinado por uma relação de forças, e não há razão para que os agricultores e o público em geral, devidamente fortalecidos, não consigam influenciar o rumo da biotecnologia para atingir os objectivos sustentáveis.










Fiquem bem que eu também, até amanha

2 comentários:

Anónimo disse...

Sou radicalmente contra.

Butterfly disse...

Ficou fixe, mas sempre que escreveres deves meter a fonte, por exemplo se viste a informação num folheto, ou num livro, etc...

Eu também sou contra