quinta-feira, 17 de março de 2011

Desafios Rigaboteanos # 22- Alzheimer

Olá pessoal




O Alzheimer é uma doença que afecta na sua maioria pessoas idosas.


O sintoma que associa mais facilmente a esta doença é a perda de memória, e com o tempo, a perda das capacidades motoras e de aprendizagem, o que faz com que as pessoas fiquem totalmente dependentes de terceiros.



As pessoas que têm a seu cuidado pessoas com esta doença têm que ter em conta alguns factores a ter cuidado (como nesta parte eu não tinha muitos conhecimentos, vou aqui por o que encontrei sobre os cuidados a ter)







• A maior parte dos doentes com Alzheimer passa a viver no passado, uma vez que já não se conseguem lembrar do que fizeram ontem, dos nomes das pessoas com quem habitualmente lidam, números de telefone ou conversas recentes. Por norma, a memória de longa duração não é afectada, ou só o é já em fases adiantadas da doença, o que significa que o passado do doente passa a ser o seu presente, sendo que os eventos recentes são pura e simplesmente esquecidos. Será mais fácil, para todos, adaptar-se ao doente e não ao contrário, ou seja, fazer um esforço para viver a realidade actual da pessoa, mesmo que seja uma época da sua vida de há 20 anos atrás. Pelo menos assim há a possibilidade de recordar e conversar, aproveitando o facto do doente continuar atento e comunicativo.

• Sem querer tornar a sua casa numa prisão e o doente num prisioneiro, promova um ambiente seguro: retire da casa de banho pequenos electrodomésticos como secadores ou máquinas de barbear; feche à chave armários com produtos perigosos ou quartos onde o doente corre algum risco de se magoar; coloque barreiras de segurança nas escadas; muitos doentes já não reconhecem o seu próprio reflexo e, por isso, os espelhos ou vidros podem confundir ou assustar uma pessoa com Alzheimer – se isso acontecer, opte por arruma-los ou cobri-los. Disponibilize um espaço amplo, limpo e tranquilo onde ele possa estar à vontade; rodei-o de objectos familiares, como fotografias ou outras lembranças pessoais.

• O que deve evitar? Ambientes muito barulhentos ou com muita gente (podem agitar o doente, levando-o à “fuga”); apressá-lo com seja o que for (as rotinas diárias como tomar banho, vestir e comer tornam-se difíceis e até perigosas para executarem sozinhos, por isso, ajude-o a manter a sua dignidade); não fale sobre a pessoa e as dificuldades da doença à sua frente (se possível, é fundamental continuar a promover a independência do doente e as suas relações sociais).

• Pelo menos 60% de todos os doentes com Alzheimer acabam por vaguear e não conseguem voltar ao seu ponto de partida. Não deixe portas e/ou janelas abertas; evite pedidos para ir levar o lixo ou levantar o correio sozinho; retire-lhe as chaves do carro se achar que a sua condução possa representar um perigo para ele ou para os outros.

• A comunicação ou falta dela pode ser um grande desafio. Muitos doentes têm dificuldade em formular frases completas, outros deixam de falar por completo. Fique atento à linguagem corporal e às suas expressões faciais e não se esqueça que conhece bem esta pessoa. Se sempre gostou de música clássica, ponha um CD a tocar; se é um apaixonado por futebol, ligue a televisão na altura de um jogo; mime o doente com carinhos e afectos, um forte abraço ou apenas a sua companhia podem fazer maravilhas.

• Não é o Alzheimer em si que provoca a morte, mas sim as infecções e doenças que podem surgir em sequência desta. Há que ser rigoroso: estabeleça e cumpra os horários da toma da medicação e de ir à casa de banho; certifique-se que o doente beba muita água; se verificar alterações nos hábitos alimentares ou de sono vá ao médico; as mudanças de comportamento e de estado de espírito – como ansiedade, querer estar sozinho ou tristeza – também devem ser vigiadas.

• Manter a mente e o corpo activos é fundamental. Tarefas de reduzida dificuldade, como apanhar ou dobrar a roupa, mantêm as pessoas ocupadas, sem as frustrar ou aborrecer. Existem muitas actividades que podem e devem realizar-se com um doente de Alzheimer, até para estimular os sentidos: dançar, cantar, jardinar, pintar, caminhar, conviver com crianças, cozinhar, fazer a manicure ou tratar do seu cabelo, são apenas alguns exemplos.

• Pode surgir a altura em que os cuidados que o doente necessita já não possam ser administrados em casa. Quando assim for, procure um lar ou casa de repouso com experiência no tratamento de doentes com Alzheimer.


E vocês, conhecem algum caso de alguém com esta doença, já tiveram  que lidar com alguem assim, que mais conselhos podem dar a quem tem de lidar com estes casos


Fiquem bem que eu também, até amanha

3 comentários:

Da França disse...

Antes de comentar o texto vou dizer-te que decidi afastar um pouco da blogues-fera,e da televisão,tenho andado muito triste com tudo o que se passa no mundo,não irei ver como é habito o correio da manhã,quero fazer uma distancia por um tempo de tudo.
Não queria que tu pensasses que eu estava zangada ou não te ligar foi por isso que vim unicamente ao teu blogue.
Agora vou dizer-te, conheço bem o que é a dificuldade de se ocupar das pessoas com essa doença.
Tive a minha doente três anos com Alzheimer,depois caiu na cama por mais 14 anos e meio com ataques que lhe deram.
Um dia já na minha propriedade,vi a minha mãe andar para traz e para a frente,descer e subir escadas,como tenho uma propriedade fechada não me importei,deixei andar,estava a fazer outras coisas e sabia que ela não ia fugir.
Sabes o que ela andava a fazer?
Foi ao jardim,tirou todas as rosas,(só as rosas sem pé)todas as dálias,tudo só a flor,fez aquilo em pouco tempo quando eu estava na coisinha,tínhamos posto as árvores havia uns 3 anos todo ao longo da passagem para a garagem,ainda
eram pequenas,foi o primeiro ano que davam fruta,foi a elas tirou toda a fruta muito pequenina da largura de um euro e pôs tudo dentro da banheira da casa de banho,flores, fruta,tudo o que era florido,a banheira estava meia com flores, eu a pensar que ela andava bem,que andava em liberdade,ainda não sabia a gravidade da doença,já sabia que tinha falhas mas foi nesse dia que vi o que se estava a passar.
Como tu dizes,tive que retirar tudo,andar sempre com o olho nela,fechar a cozinha ou o gás,podia dizer aqui tantas historias que se passaram com ela,fugia se os portões da propriedade não estivessem fechados,enfim,cada vez pior até acabar numa cama por 14 anos e meio.
É preciso muita paciência e amor para tratar de pessoas com essa doença.
Há dias, não vendo uma vizinha que ia buscar o pão todos os dias perguntei ao marido por ela,ele disse que foi diagnosticado a doença de Alzheimer,pensei que fosse menos grave,tive ocasião de falar com ela,fiquei aterrada,até me disse que nesse dia era um outro senhor que estava em casa dela,que nem se lembrava o nome,um casamento com mais de 40 anos.
Tudo isto me traz triste,tudo vai bem na família mas eu não ando bem,com estas catástrofes,tornei me nervosa,tenho que me passar da televisão,do correio da manhã,de não vir à net.
Vou tentar a pouco e pouco, tenho o meu habito e é difícil.

Anónimo disse...

Eiiiiiiiiiiiii lá que post enorme.. podias ter posto uma imagem... fiquei a saber quase tudo da doença... mas felizmente, não tenho casos de doentes de Alzheimer conhecidos..felizmente mesmo! Os meus pais já "velhotes" até à data andam bem com as doenças de rotina...vão ao médico frequentemente mas mais para prevenir do que para curar seja o que for... além disso têm a sorte de terem uma alimentação muito cuidada, não terem vícios ( o mesmo já não podem dizer os filhos!!!)nem de bebida, nem de tabaco. O meu pai orgulha-se de ter 78 anos e de nunca ter tido vícios.. de em tempos de estudante com farras e amigos ( outros tempos... óbvio)alinhar em vícios...ou seja.. experimentou alguns mas não os manteve..e Coimbra é um lugar óptimo para se ganharem vícios... mas como ele também tinha um pai que impunha regras...nunca alinhou!
Qualquer doença crónica é um problema..e só temos de no momento saber como lidar com ela ( digo eu)...

Butterfly disse...

Ficou fixe, mas podias ter posto uma imagem ou então este vídeo:

http://www.youtube.com/watch?v=XwurRNV1BmY

Já conheci muitas pessoas com Alzheimer, mas a que me custou mais foi mesmo a primeira, há já alguns anos atrás, ainda eu era uma adolescente, fazia voluntariado num Lar, e o que fazia era estar na sala a falar com as idosas que lá estavam. Havia uma que eu adorava, porque dizia-me "Fazer anos? Que tolo... Ainda se os desfizesses. Porque faze-los é para quem não tem miolo" :P
Depois fiquei uns tempos sem ir ao Lar, não foi assim muito tempo, mas foi o suficiente para quando eu voltei ela tinha-se esquecido de mim, e chamava bruxa e demónio a toda a gente.