quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Riga Debates 3:emigrantes e o trabalho

ola pessoal Sejam bem vindos a mais uma edição do Riga Debates, todos devem ter ouvido nas noticias do fim de semana o acidente que vitimou trabalhadores emigrantes portugueses em Andorra. Tambem devem ter ouvido as delarações de um elemento do sindicato dos trabalhadores da construção civil que se quixou da falta de condiçoes dos trabalhadores e que eles trabalhavam mais e recebiam menos que os trabalhadores espanhois, no fundo disse que os portugueses faziam o que os espanhois não aceiavam fazer. Isto leva-me a pensar: e no nosso pais não acontece exactamente o mesmo? não vemos na construção civil angolanos, cabo verdianos, ucranianos, romenos, etc em vez dos portugueses? O que gostaria de debater esta semana é: acham que o povo portugues prefere não trabalhar a fazer trabalhos "menos" dignos?e porque será que isso acontece? fiquem bem que eu também até amanha

3 comentários:

B disse...

o povo portugues é preguiçoso!
ahaha

Petitelarousse disse...

Multiplicam-se os casos de emigrantes portugueses que em países, como a Espanha, Inglaterra, Irlanda, França e Holanda são vítimas de manifestações racistas ou vivem em situações de autêntica escravatura...por soberba, por ignorância, por vergonha de aqui não fazerem o que fazem por lá!Julgo que a esmagadora maioria destes emigrantes saiu muito recentemente do país iludidos pelas facilidades de livre circulação de pessoas e bens formalmente estabelecidas na União Europeia. Imaginam que em todos os estados membros serão recebidos de braços abertos. A realidade que encontram é muito diferente. Em toda a parte não deixam de ser estrangeiros. A lógica da sua recepção é sempre a mesma: serão bem recebidos se escasseia a mão-de-obra, mas indesejáveis se o desemprego estiver em crescimento.
As condições de acolhimento torna-se frequentemente num autêntico pesadelo. Sentem todo o peso da discriminação nos salários, mas também no contacto com as comunidades locais. Na Alemanha e Inglaterra os ataques racistas contra os imigrantes já provocaram várias vítimas entre os portugueses...Muitos dos novos emigrantes portugueses, procuram nos países da União Europeia empregos temporários que lhes permitam amealhar rapidamente dinheiro. Estão dispostos a trabalhar em qualquer coisa e nas condições mais degradantes desde que consigam este objectivo...mas coitados..nunca passarão de emigrantes!SEMPRE desempenham actividades profissionais pouco ou nada qualificadas. No estrangeiro ou cá a sua situação é a mesma, apenas eventualmente recebem remunerações mais elevadas...A emigração é sempre uma perigosa ilusão...e quem emigra?? quem tem pouca escolaridade, quem pensa que trabalhando de sol a sol.. vai conseguir dinheiro a jorros..e quando vêm cá de férias.. só puro exibicionismo!Tenho viajado pelo estrangeiro e tenho visto quea maioria vive em condições miseráveis, não sai á rua para um café...e para não me alongar muito no tema..digo que os emigrantes recusam a exercer em Portugal actividades profissionais a que se dedicam no estrangeiro. Esta mudança de atitude não está necessariamente relacionada com as diferenças salariais. A questão prende-se sobretudo com o problema o desprestigio social de certos trabalhos. Em Portugal muitas destas actividades profissionais são assumidas como des-qualificantes e os que as exercem sentem-se diminuídos socialmente. Ora, enquanto emigrantes no estrangeiro, o exercício destas mesmas actividades é visto como natural e é até assumido como um sinal positivo da sua capacidade de adaptação e iniciativa individual...

Anónimo disse...

O povo português é do mais orgulhoso que há, Ruizão. Queixam-se, racistamente, de "os pretos e os ucranianos" virem para cá "roubar o lugar dos nossos", quando, na verdade, os imigrantes só arranjam emprego em Portugal porque os que já cá estavam os deixam vazios. E porquê? Porque se acham extremamente dignos e muitos se recusam a fazer "minnor jobs", não reconhecendo dignidade nesses empregos de alta utilidade. Vítimas do capitalismo romântico.