quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Desafios Rigaboteanos # 19 Distúrbios Alimentares

Olá pessoal

bem o tema desta semana são distúrbios alimentares e como a Rita poupou-me trabalho ao fazer a pesquisa toda, aproveitei o que ela me arranjou.

O que são Distúrbios Alimentares?

São doenças psiquiátricas estando na sua origem a interacção de
factores psicológicos, biológicos, familiares e socioculturais.
Caracterizam-se, fundamentalmente por alterações significativas do
comportamento alimentar. Ocorrem predominantemente nos países
industrializados, tendo uma incidência menor nos países pouco
desenvolvidos e fora do mundo ocidental. Afectam sobretudo as mulheres
jovens.
A importância relativa das influências socioculturais, biológicas,
psicológicas e familiares e a forma como interagem entre si pode ser
diferente consoante o período de desenvolvimento do jovem,
influenciando o aparecimento ou não do distúrbio alimentar e a sua
cronicidade.
Sabe-se que não se deve a modas, mas que a pressão cultural para a
magreza, a insatisfação e a preocupação com o peso podem contribuir,
juntamente com outros factores, para um aumento da vulnerabilidade,
que por sua vez pode levar á tomada de decisão de iniciar uma dieta. É
pertinente referir que a dieta só por si não constitui uma condição
suficiente para o desencadear de um distúrbio alimentar, mas é uma
condição necessária, dado que não existem distúrbios alimentares sem
dieta.

Manifesta-se como anorexia, bulimia, desnutrição ou obesidade. No
tocante à desnutrição, é preciso tornar claro que tão-somente a gerada
por uma disfunção ou desequilíbrio psicossomático do indivíduo deve
ser qualificada como "disfunção alimentar". Essa observação é
necessária para distingui-la da forma desnutricional que não foi, por
assim dizer, escolhida pelo indivíduo, mas, sim, engendrada, de
ordinário, por um complexo cultural-econômico-político-social, do qual
aquele (o desnutrido) é vítima. Pode-se chamar desnutrição exógena a
essa forma engendrada de fora para dentro, enquanto desnutrição
endógena será a causada a partir do indivíduo.
Devido às idiossincrasias da adolescência, mostram as estatísticas que
essas disfunções alimentares são mais freqüentes nessa faixa etária,
quase sempre associadas a algum quadro de disfunção emocional, na
dinãmica da família, da escola, do trabalho — enfim, da vida social.
Contudo, outras faixas etárias também mostram incidência dessa
disfunção alimentar.
Fatores como cultura, etnia, idade, entre outros, estão entre as
características dessa ocorrência.
Quase sempre essas formas inter-transmutam-se, não raro estão
associadas, podendo um quadro de anorexia conjugar-se com outro de
bulimia etc — e vice-versa - o que constitui agravante de complexidade
na correta abordagem terapêutica do caso.

Causas

São vários os motivos apresentados, como por exemplo:
Genética
Pressão da midia para ser magra
Casos de obesidade na família
Baixa auto-estima
Fatores culturais (causa destas doenças afectarem poucos rapazes)

Anorexia

Anoréxicos atingem uma grande perda de massa, de modo que o seu Índice
de Massa Corporal se reduza a valores inferiores a 17,5 kg/cm². A
perda de peso pode ser efetivada por estrita restrição dietética, em
adição a exercícios físicos excessivos; outros, em conjunção a esses
métodos, também podem abusar de técnicas purgativas (provocar-se
vômitos, abusar de laxantes ou diuréticos, etc.) que acreditam
resultar em perda das calorias consumidas, sem necessariamente, como
no caso da bulimia, ter antes havido períodos de comilança desenfreada.

Sintomas

Peso corporal em 85% ou menos do nível normal.
Prática excessiva de atividades físicas, mesmo tendo um peso abaixo do normal.
Em mulheres, ausência de ao menos três ou mais menstruações. A
anorexia nervosa pode causar sérios danos ao sistema reprodutor
feminino.
Diminuição ou ausência da líbido; nos rapazes poderá ocorrer disfunção
erétil e dificuldade em atingir a maturação sexual completa, tanto a
nível físico como emocional.
Crescimento retardado ou até paragem do mesmo, com a resultante má
formação do esqueleto (pernas e braços curtos em relação ao tronco).
Descalcificação dos dentes; cárie dentária.
Depressão profunda.
Tendências suicidas.
Bulimia, que pode desenvolver-se posteriormente em pessoas anoréxicas.
Obstipação grave.
A anorexia possui um índice de mortalidade entre 15 a 20%, o maior
entre os transtornos psicológicos, geralmente matando por ataque
cardíaco, devido à falta de potássio ou sódio (que ajudam a controlar
o ritmo normal do coração). Pode ser causada por distúrbio da
auto-estima.

Bulimia

Por definição, bulímicos passam por episódios (pelo menos duas vezes
por semana) de digestão desenfreada que resultam num consumo de
calorias muito superior ao de uma pessoa normal no mesmo período.
Seguidos desses episódios, são por eles empregados vários hábitos que
visam compensar o ganho calórico, entre os quais os mais usados são as
técnicas purgativas; em uma pequena minoria dos casos, porém,
bulímicos limitam-se a se exercitar rigorosamente e/ou jejuar por
longos períodos, sem provocar a purgação da comida. A bulimia se
distingue do tipo purgativo da anorexia, por não haver, no caso do
primeiro transtorno, o emagrecimento extremo visto no segundo.

Obesidade

é o acúmulo excessivo e patológico de gordura no organismo, acima de
quinze por cento do peso normal, o que se observa através da
comparação entre peso e altura.

Desnutrição

É causada por dieta inapropriada, hipocalórica e hipoprotéica; também
pode ser causada por má-absorção de nutrientes.

Consequências

Coração: o coração perde massa muscular, assim como os outros músculos
do corpo. Em estágio mais avançado há insuficiência cardíaca e
posteriormente morte.
Sistema imune: torna-se ineficiente. O corpo humano não vai ter os
nutrientes necessários para produzir as células de defesa. Logo, é
comum infecções intestinais subseqüentes, respiratórias e outros
acometimentos. A duração das doenças é maior e o prognóstico é sempre
pior em comparação a indivíduos normais. A cicatrização é lentificada.
Sangue: É possível ocorrer um quadro de anemia ferropriva relacionada
à desnutrição.
Trato gastro-intestinal: há menor secreção de HCl pelo estômago,
tornando esse ambiente mais propício para proliferação bacteriana. O
intestino diminui seu ritmo de peristalse e a absorção de nutrientes
fica muito reduzida.

Ortorexia

A ortorexia é um transtorno alimentar recentemente diagnosticado, que
surge quando a pessoa se torna obsessiva quanto aos padrões daquilo
que come. Ao contrário da anorexia ou bulimia, a pessoa permite-se
comer, mas fica tão obcecada com o que come que todos os seus
pensamentos ficam ocupados com a dieta.

Permitem-se apenas alimentos saudáveis e escrutinam o conteúdo
nutricional de cada elemento que ingerem. Calorias, vitaminas e
nutrientes tornam-se o ponto focal da comida e qualquer coisa que
contenha o mínimo vestígio do que está na lista do “não é permitido”
não é consumido.

Embora todos possamos beneficiar ao adoptar esta atitude de forma mais
habitual, estes “mártires” levam a obsessão com o conteúdo dos seus
alimentos ao extremo, e não se permitem, em circunstância alguma, um
desvio do seu programa de tipos de alimentos autorizados.

Sinais de Ortorexia:

● Examina cada pormenor do que se encontra em cada alimento?

● Só se permite alimentos saudáveis?

● Consegue comer uma refeição preparada por outra pessoa?

● Observa e comenta a maneira como outras pessoas preparam a comida?

● Dá consigo a pensar em conteúdo nutricional durante o dia?

● Preocupa-se ao comer qualquer coisa que possa não ser “boa” para si?

● Perdeu muito peso recentemente sem seguir conscientemente uma dieta



Efeitos da Ortorexia

Os ortoréxicos podem ficar seriamente afectados e a comunicação em
casa pode sofrer com isso. A pessoa pode começar a isolar-se dos seus
semelhantes e tornar-se distante à medida que se vai fixando cada vez
mais nas suas regras dietéticas.

Para alguns, a capacidade de desempenhar trabalhos ou de estudar pode
começar a declinar, à medida que a sua mente se ocupa cada vez mais
com a sua dieta e com os alimentos que são permitidos, como
articulá-los no seu dia-a-dia, quantas vezes se devem mastigar e por
aí fora. Há tantos factores que envolvem estes transtornos alimentares
que os pensamentos podem ficar totalmente ocupados por eles, deixando
pouco espaço para outros rumos de ideias e a concentração e a
motivação acabam por ficar na retaguarda.

Sitofobia

Sitofobia (do grego sitós, alimento), podendo ser chamada também pelos
seus sinônimos sitiofobia ou cibofobia, é o medo irracional mórbido em
se alimentar. Aparece nas síndromes delirantes, alucinatórias ou não.
A pessoa acredita que o alimento esteja envenenado. É uma situação
difícil de se tratar, pois nem sempre a alimentação parenteral ou
enteral ajuda a manter a pessoa viva. Não confundir com a anorexia
nervosa.

Tratamento

O tratamento é multidisciplinar, isto é, envolve a recuperação do peso
normal com acompanhamento nutricional e médico, a eliminação das
causas psíquicas através de apoio psicológico e a prevenção da
recaída, sobretudo pelos familiares mas com apoio de psicólogos. Em
casos graves pode ser necessária hospitalização.
Contudo, todos eles podem ser tratados com sucesso, com competente
cuidado médico, nutricional e psicológico, incluindo-se a hipnoterapia.


Sintomas e outros Sinais de Alerta

Emagrecimento
Cuidado excessivo com a alimentação
Desculpas para não comer ou comer sozinha
Isolamento, alterações de humor e Agressividade
Excesso de exercício físico
Vômito e uso de laxantes
Atitude demasiado crítica quanto à sua imagem
Perda da menstruação
Com isto, o que gostaria que reflectissem é o que fazer para prevenir e combater este problema. E se conhecem alguem que tenha passado por isto e como resolveu o problema.

Fiquem bem que eu também, até amanha

7 comentários:

Sofia disse...

Epá o post mais completo que tu tens e não foi escrito por ti, não tens vergonha? Vou só corrigir duas coisinhas: não é propriamente uma doença psiquiátrica, é uma psicopatologia, uma perturbação mental. E não são anoréxicos, são anorécticos (suponho que esteja em brasileiro, mas em português de cá é assim). Na bulimia tb pode chegar a haver magreza extrema, pq a tendência é vomitar tudo logo depois de comer, o que significa que os nutrientes não chegaram a ser absorvidos pelo organismo, o que equivale a não comer. Já para não falar das consequências para o estômago, dentes, etc, que são muito más e podem ser permanentes. Há um factor familiar mto frequente em jovens anorécticas e/ou bulímicas - ter pais (ter mãe, principalmente) muito exigentes e desvalorizantes. Daí o perfeccionismo extremo de quem sofre destas patologias. Quanto à cura, o apoio psicológico é essencial, para que se estabeleçam esquemas cognitivos adequados e adaptativos. É pena que as pessoas ainda achem muito que isto são manias, que são dietas parvas, quando são doenças graves, terríveis mesmo e muito difíceis de tratar, e que, como foi dito, levam à morte em muitos casos...

Riga/V-1-Boy disse...

sofia

como eu disse, ela fez-me a pesquisa toda, aproveitei.lol

Da França disse...

Eu não sei dizer nada sobre essas doenças. Quando eu era nova tinha uma cintura e uma anca que me enervava pois era mesmo o talho manequim em mais baixo,nessa altura usava-se que as pessoas deviam ser cheias ou atirar para o gordo,comia bem mas estava sempre na mesma,mais tarde percebi que era uma vantagem.
Tive o meu ultimo filho aos 35 anos,os filhos nasciam grandes e gordos e pouco depois do parto voltava a ser "magra" andei assim até aos 55 anos,depois tive(tenho) um problema de tiróide que comecei a engordar ligeiramente,agora estou controlada tenho talvez uns 3 quilos do que eu queria mas não faço nada para emagrecer,mas...faço muita atenção às gorduras,um guisado ponho o menos gordura possível,se vir que está um pouco seco ponho umas gotas de agua quando alouro a cebola,o presunto tiro todo o gordo,e não molho o pão com o molho que tanto gostava de fazer.
O meu marido não liga a bolos,come uma pequena fatia e pronto,quando faço bolos enervo-me pois ele come um bocadinho umas duas vezes do bolo e o bolo fica quase inteiro,então como eu sou muito gulosa por doces e para não ser tentada vou levar quase metade do bolo a uma velhota que tenho vizinha abandonada da filha,os meus filhos não vem todos os dias pois estão longe.
Acabo por não fazer doces,para não ser tentada a comer metade bolo sozinha.
Tenho uma passadeira eléctrica com todas as funções que comprei ainda trabalhava,dá muito jeito quando há neve de 30cm ou mais.
Graças a Deus não sei o que é essa doença,mas também se trata de uma doença de sociedade.
Não te sei dizer mais nada pois na minha família todos comem normalmente,ninguém faz dieta mas todos fazemos atenção.

marta disse...

o wikipédia é sempre bem....para isto vou ao wiki e n leio isto....bah

Anónimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

Há doenças curáveis e incuráveis .. e todas as que falaste se forem devidamente acompanhadas e tratadas não aparecem mais!Cada caso é um caso e estar a fazer generalizações.. é sempre uma má opção.. devias ( na minha opinião ) ter abordado o problema de outra forma.. porque se mudou do " Gordura é formosura" para " Magreza é beleza"... e mortes esquece..ninguém morre saudável! Não e a gripe A que mata...é a fragilidade e as poucas defesas que o organismo tem que não aguenta uma constipação..por exemplo...se a anorexia mata a obesidade também...ver gordos a comer bolas de Berlim também me causa impressão.. tal como pessoas que sendo magras ( esqueletos) se achem gordas e não comam!

Anónimo disse...

Apaguei o comentário porque como sabes ( e disse no fim) há pessoas que aqui vêm para distorcer factos...és testemunha disso. Tive anorexia , sim mas por nenhuma das razões apontadas por ti... nunca me faltou auto-estima, nunca fui obcecada com o corpo, nunca fiz exercício físico nem dietas.. simplesmente foi por questões emocionais tremendas ( morte de um tio que era como irmão.. morreu com um aneurisma e tudo em pouco tempo).. e por questões de que na altura fazia 200km para trabalhar em três locais e fazer três turnos de trabalho... passava refeições e comer nem me lembrava. Tive tratamento adequado e em pouco tempo recuperei.. engordei até manter o peso que tenho actual, não sou nenhum esqueleto mas não sou gorda.. peso 60kg..apesar do meu 1,75. Uso 36... e julgo que nunca ou raramente me peso ou meço o que como.. faço uma refeição completa por dia e como quando tenho fome. tenho a sorte de não gostar de doces..e fritos! Ganho pontos e saúde! por vezes nos 45m que tenho de almoçar e fazer 50km como nas estações de serviço...mas à noite a refeição é tarde ( por volta das 9h/10h que é quando consigo ter companhia) mas completa.
Posso vir a ter recaídas.. mas julgo que a tal ponto nunca mais..ter anorexia nervosa e ser devidamente tratada e acompanhada é melhor que ter um tumor...por isso generalizaste porque cada caso é um caso! Hoje tenho uma vida muito mais calma ( faço 50 ou 100km por dia...depende!) e tenho a vida estabilizada. Por exemplo o stress dá para engordar e dá para emagrecer.. depende de cada organismo.. a mim dá-me para emagrecer por ex. ao meu companheiro para engordar..que com 1,92 pesa à volta de 100kg.. e não é gordo..Cada caso é um caso! Como de tudo mas com regra , como é lógico...