quarta-feira, 20 de outubro de 2010
Riga debates 51 : touradas
Sejam bem vindos a mais uma edição do Riga Debates.
Esta semana vou falar de um tema que já vinha para lançar a algum tempo: touradas sim ou não?
Na internet circulam duas petições públicas (uma contra e outra a favor das touradas) com vista a debater este fenómeno.
Quem está contra argumenta (entre outras coisas):
Que a tourada é violenta e retrógrada;
As touradas ofendem a fé e o sentimento maioritariamente cristãos e católicos do povo português;
A maioria da população portuguesa é contra a tauromaquia
A ciência reconhece inquestionavelmente a maioria dos animais, incluindo cavalos e touros, como seres sencientes, capazes de sentir dor e prazer, físicos e psicológicos
Vários estudos e especialistas concordam que a prática e a aceitação da violência contra os animais predispõe para a prática e a aceitação da violência contra os homens;
As touradas são uma das expressões de uma cultura da insensibilidade e da violência que degrada quem a pratica e promove.
Já quem é a favor argumenta (entre outras coisas):
A ciência não reconhece a maioria dos animais, incluindo cavalos e touros, como seres sencientes, capazes de sentir dor ou prazer, físicos e psicológicos, bem como sentimentos de medo, angústia, stress e ansiedade, de forma consciente como sucede com o ser humano; Tal não passa de uma pretensão dos activistas pelos direitos dos animais, refutada pela ciência;
As touradas são uma das expressões de uma ancestral cultura tradicional, definia por fim nos elevados desígnios do chamado século das luzes, no qual se procurou aplacar a natural propensão do homem para a agressividade
A existência de touradas no século XXI constitui uma mais valia económica para Portugal, a avaliar pela procura e interesse, entre os turistas que nos visitam que cada vez mais frequentam as nossas praças, existe já devidamente identificado um chamado turismo tauromáquico
O touro bravo existe apenas para ser “lidado”, a espécie seria inútil e extinguir-se-ia.
E vocês, qual +e o vosso ponto de vista e porque?
Fiquem bem que eu também, até amanha
5 comentários:
O objectivo deste blog é poder discutir e debater todo o tipo de temas desde os mais sérios aos mais estranhos passado pela música.Eu gostava de tornar este espaço numa especie de mini forum onde exista interactividade entre mim e os leitores e entre eles.
Aconselho a quem comente como anonimo( sem open id ou conta blogger/google) a assinar no fim os comentários(é mais facil para o debate/diálogo chamar alguem pelo "nome" do que anonimo da hora tal)
Ninguem é obrigado a comentar, mas desde que queiram contribuir de forma séria para o que pretendo, os comentários não serão eliminados. Por isso gostaria que tentassem ao máximo comentar apenas sobre os temas dos posts,sem se dispersar muito.
apenas os comentários referentes ao post e ao seu tema serão sempre respondidos
Eu vou tentar muito não entrar em discussões quanto a este tema. Sabes a minha opinião, vim mesmo só dizer que está mais do que estudado e comprovado que os animais sentem dor (quanto ao prazer físico, a questão já é relativa). Mas dor todos os animais sentem, se têm sistema nervoso e neurónios capazes de levar os impulsos até ao cérebro, sentem dor. Tanto que esta surge como um estímulo negativo para qualquer animal...
ResponderEliminarEu sou contra. Provavelmente porque detesto ver e a violência contra os animais é terrível.
ResponderEliminarbem, eu entendo a posição de quem está contra, mas a essas pessoas deixo apneas uma pergunta:
ResponderEliminaro que fariam à raça de touros bravos, que segundo consta( dito por entendidos), a sua única finalidade é ser lidado numa praça e sem as touradas seriam extintos.
mas se vão nascer para morrer e sofrer daquela maneira, mais vale mesmo serem extintos.
ResponderEliminarEm última instância, estou com a Vera. Qual é o objectivo de manter a existência de uma espécie que só nasce para sofrer e morrer? De qualquer forma, não teriam de ser extintos. Não existem cavalos bravos? Não existem vacas bravas? Os animais podem ser deixados em liberdade e reproduzirem-se por si próprios, ou podem ser criados em cativeiro sem um propósito como esse das touradas. Comam-nos, ao menos, sempre servem um propósito mais nobre do que o da diversão das pessoas...
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